Nesse artigo, abordaremos o desenvolvimento dos jogos eletrônicos ao longo das 9 gerações dos games, o que pode nos ajudar a entender melhor o sentido e o espaço que os jogos hoje ocupam na vida econômica e cultural de nossas sociedades.
As 9 gerações dos videogames
Primeira Geração (1972 – 1980)
A primeira geração de videogames comerciais foi restrita aos dispositivos dedicados, aparelhos com apenas um ou dois jogos pré-construídos no hardware do console, feitos exatamente e somente para isso,portanto, possuindo meios limitados para a alteração de funcionalidades e fatores de jogabilidade.
Esses videogames eram fabricados em tiragens limitadas, não existia uma linha de produção contínua e permanente.
Videogames como Brown Box e Magnavox Odyssey.foram pioneiros
Segunda Geração (1976 – 1992)
Na segunda geração foram introduzidos os dos cartuchos, onde os códigos dos jogos eram armazenados na memória “somente leitura” (ROM), que é lido pelos processadores do console principal.
Graças aos cartuchos, aumentou a necessidade de se produzir uma diversidade maior de jogos. Marcas como a Atari estiveram na liderança desse segmento.
A partir desse momento, os jogos passaram a suportar até 8 cores diferentes e efeitos de áudio de até 3 canais.
Videogames como Atari 2600, Magnavox Odyssey 2, Mattel Intellivision e ColecoVision se tornaram populares.
Terceira Geração (1983 – 2003)
Na terceira geração os videogames passaram a utilizar processadores de 8 bits, permitindo suporte para até 32 cores, cinco canais de áudio e recursos gráficos mais avançados, que a geração anterior, incluindo sprites e blocos.
Na “geração dos 8 bits” a dominância do setor migra dos EUA para o Japão, como resultado do crash ocorrido no mercado de games em 1983.
Entre os videogames mais famosos estavam Sega SG-1000 e Nintendo Famicom.
Quarta Geração (1987 – 2004)
A principal inovação da quarta geração foram os processadores de 16 bits, que permitiram melhorias em recursos gráficos e audiovisuais, além da introdução dos cartuchos de memória, para armazenar informação de progresso nos jogos.
A G4 é marcada ainda pelo início das chamadas “guerras de console”, onde não apenas EUA e Japão mas diversas marcas e produtos começam a ser lançados quase simultaneamente, uns juntos dos outros, acirrando a concorrência entre as empresas e o desenvolvimento de inovações.
Exemplos de videogames da época são o NEC TurboGrafx-16, Sega Genesis MegaDrive, Super Famicom Nintendo Entertainment System (SNES) e SNK Neo Geo MVS.
Quinta Geração (1993 – 2006)
Na geração 5 surgem os processadores de 32 bits e as mídias óptica dedicadas (CDs), substituindo em grande parte os cartuchos, graças ao seu custo de produção mais baixo e à sua maior capacidade de armazenamento.
Os computadores domésticos passam a ganhar maior destaque como forma de jogar videogames em relação aos consoles dedicados, mas, junto deles, a indústria de consoles aidna continuou a evoluir e avançar rapidamente, cada vez com preços mais baixos, maior portabilidade e maiores inovações.
Sega Saturn, Sony PlayStation, Super Nintendo (SNES) e Nintendo 64 marcaram o imaginário de todos os que fizeram parte dessa geração.
Sexta Geração (1998 – 2013)
A partir da sexta geração a tecnologia dos consoles começou a alcançar o desempenho dos computadores e os fabricantes de videogames focaram em marketing, divulgação e desenvolvimento de relações comerciais para promoção (e venda) de suas bibliotecas virtuais de jogos.
A expansão da adoção de mídia óptica trouxe o formato de DVD, com maior capacidade de armazenamento. Os videogames passarma ater suporte integrado para conexão com a Internet, permitindo aos usuários jogar jogos online.
O Sega Dreamcast foi o primeiro console doméstico a incluir um modem, permitindo conexão com a rede Sega para jogar online.
Já o Sony PlayStation 2 foi o primeiro console a adicionar suporte adaptado para reprodução, tanto de DVD quanto de CD-ROM, em um mesmo aparelho.
Sétima Geração (2005 – 2017)
Com o surgimento da sétima geração dos videogames, marcas como Sony, Microsoft e Nintendo desenvolveram consoles projetados para interagir com a Internet, adicionando suporte de rede para conexões com fio e sem fio, além de serviços online para oferecer suporte a jogos multiplayer.
Nessa época, se tornaram comuins as lojas virtuais para compras digitas e suporte para armazenamento tanto interno quanto externo de jogos nos consoles. Os videogames integraram interface HDMI e suporte para Blu-ray ou HD-DVD.
Outra novidade foi o surgimento dos controladores de movimento embutidos ou anexados.
Videgames como Microsoft Xbox 360, Sony PlayStation 3 e Nintendo Wii foram o sonho de consumo dos gamers dessa época.
Enquanto isso, a chamda guerra dos consoles atinge seu auge, o ponto máximo do conflito entre publishers, developers e game studios de todo o mundo.
Oitava Geração (2012 – 2022)
Na oitava geração os videogames desenvolveram maiores integrações com outras mídias e expandiram as possibilidades de conectividade, época de aprimoramento de hardware e software, em que os consoles passaram a suportar resoluções gráficas mais altas (de até 4k ou 1080p).
PlayStation 4 e Xbox One foram nomes globalmente marcantes durante a oitava geração.
Nona Geração (2020 – presente)
No final de 2020, Microsoft e Sony lançaram os sucessores para seus consoles domésticos com apenas um mês de diferença um do outro. O XBOX Series X, XBOX Series S e o Sony Playstation 5. Eles contam com suporte para televisores de resolução 4k e 8k, funcionalidade de renderização de rastreamento de raios em tempo real e uso de unidades de estado sólido de alto desempenho (SSD).
Além disso, controladores e sensores de movimento se tornaram cada vez mais comuns , junto da predominância dos jogos online sobre outras modalidades.